sábado, 22 de setembro de 2012

O que a tribo Ubuntu pode nos ensinar?


A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz em Floripa, nos presenteou com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.

Ela contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Como tinha muito tempo ainda até o embarque, ele então, propôs uma brincadeira para as crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita e tudo e colocou debaixo de uma árvore. Aí, ele chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente, todas as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si e os comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou por que elas tinham ido todas juntas, se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces. Elas simplesmente responderam:

"Ubuntu, tio. Como uma de nós poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"

Ele ficou pasmo. Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo e ainda não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo... Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

Muitas vezes trabalhamos em cima de uma idéia ou de uma convicção tão obsessivamente, para "ajudar" aqueles que consideramos "carentes" ou para mudar os "inferiores" e não percebemos que eles têm o mesmo valor que nós. E até nos surpreendem, muitas vezes, com seu sentido ético e sua maneira de se relacionarem.

Falta ainda um pouco mais de tempo para compreendermos que não existe tal coisa como uma hierarquia cultural, ou seja, expressões culturais boas e más, certas ou erradas.

Na ação de cada gesto ou na consideração que fazemos do "outro," só conseguimos olhar para o próprio umbigo e frequentemente nos vermos como modelo e referencial.. Olhamos as outras manifestações culturais, outros valores, outras práticas sociais pelo nosso prisma,com os valores da nossa cultura.

A isso a Sociologia e a Psicologia chamam de "etnocentrismo".

Ubuntu significa: Sou quem sou, por quem somos todos nós.

(Autor não identificado)

No blog de Leonina Digital

Dia




Hoje em dia
Cada dia é um a menos
Na nossa extensa lista de dias
Que, mesmo com um dia curto
Sempre estará ali para nos dizer
Bom dia!
Mas o dia de hoje
E o dia de amanhã
Não foi o dia de ontem?
E o que fizemos durante o dia?
Aproveitamos para viver
Diariamente o dia a dia?
É bom lembrar que
Por mais que amanhã
Tenhamos um dia
Nunca saberemos
Se esse dia
Será o dia de nossas vidas.

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Trecho do livro de Paulo Coelho

" 'Cuéntanos sobre la soledad', pidió una joven. Y él respondió:

Sin la soledad, el Amor no permanecerá mucho tiempo a tu lado.

Porque también el Amor necesita reposo, de modo que pueda viajar por los cielos y manifestarse de otras formas.

Sin la soledad, ninguna planta o animal sobrevive, ninguna tierra es productiva por mucho tiempo, ningún niño puede aprender sobre la vida, ningún artista consigue crear, ningún trabajo puede crecer y transformarse.

La soledad no es la ausencia de Amor, sino su complemento.

La soledad no es la ausencia de compañia, sino el momento en que nuestra alma tiene la libertad de conversar con nosotros y ayudarnos a decidir sobre nuestras vidas.

Por lo tanto, benditos sean aquellos que no temen a la soledad. Que no se asustan con la propia compañia, que no se desesperan buscando algo en qué ocuparse, divertirse o qué juzgar.

Porque quien nunca está solo, ya no se conoce a si mismo.

Y quien no se conoce a si mismo comienza a temer el vacio'. "

Manuscrito Encontrado en Accra, Paulo Coelho

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Pessoas...pessoas

Nada é o que parece ser e ao mesmo tempo pode ser.
Olho as pessoas andando nas ruas e imagino qual a história por trás dos olhares cansados e a cabeça baixa.
Pessoas vão e vem e nada é o mesmo.
Falar e sentir são duas coisas completamente diferentes e mesmo assim, as pessoas continuam unindo o que não existe.
Coragem. Convicção. Firmeza.
O que as pessoas pensam quando estão sozinhas? O que há para se pensar?
Navegar na imaginação é algo que poucos conseguem. Livrar-se do barulho interno é o mais difícil.
Relaxar. Refletir. Sentir o vento. Sonhar.
Tudo deve estar no seu lugar e o melhor lugar é onde se quer estar. E, às vezes, com quem se quer estar.
Sair e viver.
O presente é agora.
O ontem passou.
O amanhã ninguém conhece.
E as pessoas continuam andando nas ruas...